sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Sarampo pode ser eliminado de Àfrica até 2020


A esperança de que a eliminação do sarampo da região africana pode ser até ao
ano 2020 deve-se a redução no número de óbitos causados pela doença, de cerca de
89 porcento, entre o ano 2000 e 2007, afirmou Luís Gomes Sambo.

A avaliação é do director-regional da OMS, Luís Gomes Sambo, quando apresentava,
terça-feira, o relatório da organização aos delegados à 59ª sessão que decorre
em Kigali, Rwanda.

Para ele, os progressos realizados no alcance dos objectivos para 2009, quanto à
redução da mortalidade causada pelo sarampo, atribui-se principalmente ao
empenho dos estados membros na implementação de estratégias, incluindo a
melhoria da cobertura da imunização de rotina e a realização de Actividades
Suplementares de Vacinação (ASV).

Durante as 103 "ASV" realizadas neste período, foram vacinadas 369 milhões de
crianças. Setenta destas ASV alcançaram uma cobertura administrativa igual ou
superior a 95 porcento.

Relativamente a melhorias na vacinação de rotina, 11 países alcançaram uma
cobertura igual ou superior a 90 porcento e 2008, mas apenas as Seychelles
alcançou 100 porcento de todos os distritos com nível de cobertura de 90
porcento.

Luís Gomes acrescentou, contudo, que, apesar do impressionante êxito registado,
é preciso abordar vários desafios, de modo a que seja possível manter os ganhos
alcançados na redução da mortalidade e preparar o caminho para o objectivo da
eliminação do sarampo.

A pontou como desafios, os contínuos surtos de sarampo de grande escala e a
elevada incidência da doença em alguns países, e o acesso inadequado aos
serviços de vacinação de rotina.

Para vencer tais desafios, sublinhou a importância do reforço da qualidade de
vigilância da doença, a qualidade dos dados de monitorização da vacina de
rotina, o empenho e a liderança nacionais, assim como a mobilização de recursos.


03 Sep 2009Fonte:Angop

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